Home   Índice  Editorial   Creatividad  Ética  Educación  Filosofía  Cuestiones de  Género



A ESTÉTICA FEMININA SOB A ÓTICA DA DIALÉTICA DO ESCLARECIMENTO
UM TEXTO A PARTIR DA DIALÉTICA DO ESCLARECIMENTO DE ADORNO E
HORKEIMER)

FABIANA DE LIMA LEITE
ADVOGADA E MILITANTE DA MMM EM MINAS GERAIS


INTRODUÇÃO

"O mundo poderia muito bem passar sem todas as manifestações da cultura mercantilizada".[1]

Este trabalho propõe uma análise dos padrões estéticos femininos imposto pela média, a partir de uma leitura da obra 'Dialética do Esclarecimento', dos autores Adorno e Horkheimer.

Fazer uma leitura, hoje, dos pensamentos e críticas feitas por Adorno e Horkheimer em 1969 - ano da edição da obra - permite uma visão clara do quanto se intensificou o processo de dominação imposta pela indústria cultural.

Adorno e Horkheimer fazem uma abordagem da alienação a que todos somos submetidos a partir da indústria cultural, que tudo transforma em mercadoria a ser consumida.

A cultura deixa de ser a expressão de um povo livre, passando, ela mesma, a ser encarada como produto, objeto a ser consumido 'pelas massas', exposto nas vitrines e disseminado através dos meios de comunicação (rádios, jornais, revistas e, principalmente, a televisão).

Adorno e Horkheimer vão explicitar como o 'supérfluo' se apropria do mundo cultural, a partir da inversão de princípios inicialmente conferidos à obra de arte e seu valor específico.

"O princípio da estética idealista, a finalidade sem fim, é a inversão do esquema a que obedece socialmente a arte burguesa: a falta de finalidade para os fins determinados pelo mercado".[2]

Segundo Rodrigo Duarte, em 'Teoria Crítica da Indústria Cultural', "Isso significa que a autonomia da arte, por assim dizer "inspira" a indústria cultural na efetuação de uma sobrevalorização de suas mercadorias, não em função de sua utilidade, mas de sua virtual "inutilidade", i.e., exclusão do rol dos gêneros de primeira necessidade, fazendo com que elas possuam, portanto, certa "nobreza", uma espécie de charme próprio de tudo que é "supérfluo"". [3]

Porém, em 'Dialética do Esclarecimento', vão acentuar a diferença antagônica entre a arte e cultura industrial,
diferença esta intransponível.

"Os objetivos da obra de arte e da mercadoria cultural são, na verdade, antagônicos, pois o daquela é, em última análise, dar uma configuração sensível ao desejo de transcendência das pessoas, mesmo em suas formulações mais secularizadas, enquanto essa se encontra circunscrita á categoria de um objeto de consumo, sem
qualquer projeção para além de si mesmo e de suas funções no interior do capitalismo tardio."[4]

Para a consecução dos seus fins, no entanto, de inversão de valores e alienação para o consumo desenfreado, o supérfluo precisa imperar. A Indústria Cultural deverá, pois, sujeitar os indivíduos. Esta sujeição será imposta via cultura. A Cultura terá, então, o papel de adestramento das massas, para, a partir da superação da singularidade, impor a vida de forma esquemática, disponível nas prateleiras.

"A cultura deveria ser aquilo que advém ao indivíduo livre, fundado na própria consciência, porém agente na sociedade, e capaz de sublimar suas pulsões - puramente como seu próprio espírito" (Humberto Maturana)[5]

Pode-se certamente detectar um processo de alienação ainda mais duro imposto pela disseminação da televisão, que na época em que foi escrita 'A dialética do Esclarecimento' ainda não era o grande 'Ser' de todos os lares.

Adorno e Horkheimer já percebiam, apesar de todas as limitações técnicas ainda visíveis na televisão, que este era o instrumento mor de alienação do povo, pois tem mais possibilidade de se imiscuir na vida privada das pessoas, na intimidade de seu lar:

Através da televisão, que atinge o maior número de pessoas possíveis em relação a qualquer outro meio de comunicação, o supérfluo vai imperar de forma drástica no sentido de destruir na sociedade qualquer tipo de posicionamento crítico.

Os programas televisivos, totalmente repetitivos, completamente destituídos de conteúdo formador, pretendem
'emburrecer' o povo, levá-lo a introjetar de forma inquestionável e quase mítica, que não há saída: tudo é como é, tal como é. É preciso se conformar. A televisão torna-se "o substitutivo para uma imediatidade social que é vedada ás pessoas. Elas confundem aquilo que é totalmente mediatizado, ilusoriamente planejado com a solidariedade da qual carecem. Isso fortalece a regressão: a situação emburrece, mesmo que o conteúdo não seja mais obtuso do que aquele com o qual os consumidores compulsórios são alimentados."[6]

'A dialética do Esclarecimento' é uma leitura exata do processo pelo qual o capitalismo utilizou a Cultura para introjetar nas pessoas uma subordinação ideológica com fins a mais completa alienação dos seres. De lá para cá temos assistido a uma intensificação desta alienação, que se projeta nas mentes para impor valores, comportamentos e padrões que não se referem somente ao mundo material, mas à própria subjetividade humana. Este processo pretende a mercantilização extrema de absolutamente tudo (objetos, pensamentos, relações sociais e, por fim, o próprio ser humano).

A indústria cultural, principalmente através da televisão, vai causar um verdadeiro estrago nos indivíduos, o
maior deles, talvez, o de conseguir destruir - e em muitos casos sem deixar qualquer sombra de existência - a capacidade própria do ser humano de desejar o melhor, não apenas para si, mas para toda a coletividade. Atua para enrijecer e petrificar ainda mais conteúdos que ela mesma vem impondo há décadas, em vez de propor
um questionamento crítico destes conteúdos, de modo verdadeiramente esclarecedor e emancipatório.



O PADRÃO FEMININO DISSEMINADO PELA INDÚSTRIA CULTURAL

"Desejar corretamente é a arte mais difícil de todas e dela nos desacostumam desde a infância. Até agora as utopias se realizaram apenas no sentido de extirpar das pessoas a utopia e lançá-las de modo mais agudo no existente" (LASH. A reflexividade e seus duplos: estrutura, estética e comunidade, p. 163 (edição alemã: p.
233).[7]

O poder da Indústria Cultural (principalmente via televisão), deixou de ser especificamente no sentido de introjetar na mente humana uma (falsa) necessidade de comprar, comprar, comprar. Pode-se perceber, hoje, que este império se propõe a ir mais além, domando completamente os indivíduos, determinando exatamente todo o seu universo: impõe toda a objetividade material a que se deve consumir, porém, o fato novo desde 'Dialética do
Esclarecimento', é que agora não só o mundo exterior ao ser humano está à venda. A Industria Cultural passa a determinar, também, o corpo humano como mercadoria. E a vendê-lo massivamente. Esta imposição já domina, há algumas décadas, o universo feminino (porém vem se intensificando nesta fase atual da globalização).

Agora pretende ganhar mais adeptos: já se vê claramente um padrão estético masculino desfilar e se impor como modelo ideal a ser seguido. "O animismo havia dotado a coisa de uma alma, o industrialismo
coisifica as almas."[8]

O corpo ideal feminino a ser cultuado e atingido, de tão absurdamente bombardeado por todos os mecanismos de
comunicação foi completamente introjetado como o 'belo'.

Uma discussão filosófica mais profunda leva-nos a um questionamento primeiro, ontológico, sobre o 'belo'. O que estamos assistindo não é a uma imposição do belo. O que é o 'belo'? Filosoficamente falando, definir o 'belo' é tão difícil quanto definir a 'felicidade', o 'tempo', a 'existência'. Tratados e mais tratados filosóficos já se dispuseram sobre tais assuntos, que são transcendentais e por tanto não definíveis empiricamente. Assim,
ao se falar que a industria cultural impõe o belo, estamos a cometer um grande erro, porque a valoração, a significação a que se dá ao belo varia no tempo e no espaço. O que assistimos é a uma imposição de um padrão estético como sendo o 'belo' e não a imposição do 'belo' em si.

O questionamento a ser feito é: que 'beleza' é esta que a indústria cultural nos impõe? Na Idade Média o padrão de beleza feminino era outro: os corpos mais volumosos imperavam sobremaneira. E não precisamos ir muito longe. Os seios das brasileiras são o exemplo claro de padrão de 'beleza' feminino que se impõe e dispõe. Há menos de uma década imperava no Brasil os seios pequenos. E o que tínhamos eram mulheres correndo aos
cirurgiões para 'cortar o excesso'. Hoje, numa imposição de beleza norte-america, os seios volumosos são impostos como padrão de beleza, e então, é a vez do silicone reinar nas mesas de cirurgia.

O padrão estético imposto pela indústria cultural é facilmente identificado na televisão, em outdoors espalhados pela cidade ou em qualquer tipo de impresso: revista, jornal, folheto, folders. Os meios de comunicação impõem um padrão que se vê em todas as celebridades do momento: 'Loira do Tchan', 'Tiazinha', 'Darlene'... Nem é necessário citar outras. Olhando para qualquer uma delas o padrão é facilmente deduzido: jovem, magra, branca e contornos bem definidos: eis o cartão de visita. Quem está fora deste padrão está fadada à infelicidade, ao anonimato, à solidão.
Só é feliz, desejada e amada quem já nasceu 'abençoada' (pesquisa já demonstrou que menos de 05% das mulheres possuem tal corpo). Ao resto, o mercado, bondoso que é, disponibiliza (pagar pela felicidade é apenas um detalhe - a felicidade não tem preço!): academias, cirurgias plásticas, spas, salões de beleza, clínicas
de emagrecimento, de massagem, de bronzeamento, etc, etc, etc...

O 'tipo' feminino disseminado pela média, não é, contudo, apenas um corpo completamente irreal. Para além do corpo, a Indústria Cultural reproduz e aprofunda preconceitos. Massifica imagens do feminino e das mulheres que são por elas interiorizadas, determinando valores e comportamentos. O padrão feminino não é apenas de um corpo a que se diz bonito, mas primordialmente um 'jeito' feminino que deve ser seguindo sem
pestanejar: sexual, improdutivo, alienado, passivo, disponível e emburrecido.

Adorno e Horkeimer já haviam se percebido disto à sua época:

"Se um filme apresenta uma garota reluzente, ele pode oficialmente estar contra ela ou a seu favor; ela pode ser
entronizada como heroína de sucesso ou punida como "vamp". Enquanto signo escrito, porém, a garota reluzente anuncia algo totalmente diferente dos dísticos psicológicos que saem de sua boca sorridente. A saber, a instrução de que se deve ser parecida com ela. O novo contexto, no qual as imagens dirigidas se encontram, é antes de tudo, o do comando."[9]

Ainda,

"Gêneros que caracterizam o cotidiano da televisão: Uma bela atriz de sucesso, porém de dificílimo trato por ser muito "egocêntrica", passa por um processo de "tomada de consciência" de sua própria situação e se torna, ao final, doce e amável. A peça leva à execração da individualidade e da autonomia. Deve-se "se
entregar": menos ao amor do que ao respeito por aquilo que a sociedade, segundo as regras do jogo, espera. Como pecado capital atribui-se à heroína que ela queria ser ela mesma: assim ela mesma se expressa. Exatamente isso não pode ser: a ela ensinam-se modos, ela é "quebrada", assim como se amansa um cavalo."[10]

O padrão estético imposto pela indústria cultural pode ser constatado através do trabalho feito pela pesquisadora Silvana Mota Ribeiro, Investigadora do Departamento de Ciências da Comunicação, da Universidade do Minho.

Nesta pesquisa produzida em agosto de 2001, através do estudo das revistas portuguesas «Ana», «Guia», «Maria», «Mulher Moderna», «Cosmopolitan», «Elle», «Máxima», «Activa» e «Lux Woman», foram
recolhidos todos os anúncios em que figuravam mulheres, obtendo 109 imagens.

Sobre o padrão estético, a pesquisadora concluiu que:

"Num primeiro e exploratório olhar pelas imagens, pode-se constatar a dominância quase absoluta de imagens de mulheres 'belas', jovens, magras, glamorosas, em poses sedutoras ou eróticas, quase sempre sozinhas e em cenários fantasistas e maravilhosos. A beleza feminina mostrada pelos anúncios é moldada por critérios bem definidos, o que implica a construção de um ideal.

A juventude é um dos traços mais marcantes deste padrão estético feminino. As mulheres extremamente jovens povoam os anúncios e as idades situam-se, na sua esmagadora maioria, entre os 20 e os 30 anos. A preponderância deste tipo de mulheres, jovens, deixa, no entanto, espaço para algumas excepções,
nomeadamente no caso mais ou menos óbvio dos produtos cosméticos antienvelhecimento. Só nestes casos parece ser aceitável que a mulher não seja extremamente jovem e, ainda assim, só excepcionalmente a idade aparente das mulheres ultrapassa os 40 anos. O corpo não jovem é afinal, em termos de aparência, bastante
mais jovem do que as indicações objectivas da idade que são fornecidas. A magreza é outra norma marcante do ideal de beleza feminino veiculado por todas estas imagens. Apenas duas delas apresentam mulheres que podem não ser consideradas magras. O corpo volumoso, não conforme ao ideal, continua, pelos vistos, a ser concebido como o "desagradável", por oposição ao "perfeito".

Conclui-se que os anúncios mostram corpos que encarnam uma beleza irreal, porque afastada dos corpos reais, necessariamente "imperfeitos", das mulheres concretas.[11]

Em relação à vida social das mulheres refletidas pelas imagens,
constatou-se:

"O corpo perfeito esteticamente prescrito pela publicidade é também um corpo essencialmente visível - que existe para ser olhado -, um corpo erotizado e sexualizado, um corpo que nada faz, um corpo que não encontra um espaço (desenquadrado dos locais reais da vida quotidiana) e um corpo isolado, que não interage com outros seres humanos. As mulheres corporalmente ideais prestam-se à contemplação e sua exploração enquanto objectos visuais, assim como à erotização do seu corpo e insinuação de disponibilidade sexual. Esta tendência é notória através de poses carregadas de erotismo, expressões faciais sedutoras, nudez, movimento corporal
sugestivo (mulheres deitadas, reclinadas, etc.).

Mas esta mulher bela, objecto visual e erótico, feita de aparência, o que faz de concreto com o seu corpo? Que actividades desempenha? Nestas imagens a ênfase é de tal modo colocada no corpo na sua vertente decorativa que existe uma quase total ausência de actividades concretas desempenhadas, isto é, de um corpo funcional ou útil.

Quem nada faz, para que serve? Como se explica que em nenhuma das 109 imagens uma única figura feminina seja representada a empreender trabalho remunerado? E não se trata apenas da ausência de actividades utilitárias. Os locais concretos do quotidiano onde essas actividades poderiam ser desempenhadas são também muito raros nestes anúncios. Nem por uma única vez uma figura feminina é representada no seu local de trabalho e na maioria das imagens também não é representada em locais reais do dia-a-dia.

Predominam, antes, os cenários constituídos por fundos fotográficos e também os ambientes "irreais", artificiais. A
excepção é o espaço doméstico, representado em algumas imagens, no qual a mulher aparece como dona de casa e mãe. Curioso é igualmente o facto de estes cenários não incluírem habitualmente outras pessoas que não a mulher fotografada. Em cerca de dois terços dos anúncios, a figura feminina está isolada. As donas de
casa dos anos 60 e 70 poderão ter sido substituídas por mulheres aparentemente emancipadas e seguras da sua sexualidade. Quase desapareceram os aventais, os cenários domésticos, a figura explícita do marido, a centralização nos detergentes e artigos culinários, mas sairão as mulheres beneficiadas desta passagem de
fada do lar para superfície estética e ornamental, desenquadrada, artificial, sem vida interior, sem ação no mundo?"[12]

Percebe-se que um padrão de beleza físico é mostrado como fator determinante, caminho único para a felicidade das mulheres. A Indústria Cultural, de forma tirânica, explora visualmente o corpo feminino. Mas não um corpo qualquer: um corpo irreal esteticamente. A mulher é essencialmente, e acima de tudo, corpo. A mulher é, simplesmente, uma superfície estética, cuja função é dar-se ao olhar.



CONCLUSÃO

Se fossemos determinar qual foi a grande revolução do século XX certamente poderíamos eleger a revolução sexual feminina. Século de tomada de consciência e luta por igualdade de condições e respeito às diferenças. As mulheres saíram do privado e tomaram as ruas, impondo uma mudança cultural sem precedentes na história da
humanidade. Todas as transformações não foram, no entanto, suficientes para determinar o fim de sua condição de 'segundo' sexo, como bem definiu Simone de Beavour. O capitalismo veio determinado a perpetuar e embrutecer a condição de subordinação das mulheres na sociedade. Com seu poderio mercadológico e
dominador, se aproveitou da mulher não somente como mão de obra barata (salários mais baixos que os pagos aos homens), mas principalmente como mão de obra gratuita (trabalho do lar). Apesar de sugar toda a força de trabalho das mulheres, estigmatiza uma outra simbologia feminina: improdutiva e puramente sexual.

As imagens das mulheres veiculadas pela indústria cultural não se prestam apenas como fantasias e artificialismos para induzir a venda de produtos. As imagens femininas exaustivamente repetidas pela grande média se traduzem concretamente na vida social, resultando na perpetuidade do estigma feminino, reforçando nas
mulheres modos de pensar e de viver socialmente sua feminilidade, impondo ideais de 'beleza' jamais alcançáveis que terão como consequência direta baixa estima, depressão e doenças; reprodução de valores que perpetuam sua condição de inferioridade, passividade e sensualidade na sociedade. Nos homens vai reproduzir sua condição de superioridade, reforçando um machismo milenar que resulta na perpetuação de um estado de violência a que as mulheres historicamente foram e continuam a serem submetidas.



BIBLIOGRAFIA



1. Duarte, Rodrigo; Teoria crítica da indústria
cultural / Rodrigo Duarte, - Belo Horizonte : Editora UFMG, 2003.
(Humanistas).
2. Horkheimer, Max; Dialética do esclarecimento:
fragmentos filosóficos / Max Horkheimer e Theodor W. Adorno;
tradução, Guido Antonio de Almenida. _ Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 1985.



-------------------------------------------------------------------
-------------

[1] Max Horkheimer e Theodor W. Adorno; Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos / tradução, Guido Antonio de Almenida. _ Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1985, Apud Duarte, Rodrigo; Teoria crítica da indústria cultural - Belo Horizonte : Editora UFMG, 2003. (Humanistas), p. 139.



[2] Horkheimer e Adorno; Dialética do esclarecimento, Apud Duarte, op. cit., p. 66.



[3] Duarte, p. 66, 67.



[4] Duarte, p. 113



[5] Adorno. Fernsehen als Ideologie, In: Eingriffe. Neun Kritische Modelle. Apud Duarte, op. cit., p.94.



[6] BECK. Was ist Globalisierung? Apud Duarte, op. cit., p. 124





[7] Adorno. Prolog zum Fernsehen, Apud Duarte, op. cit., p. 127.



[8] Horkheimer e Adorno; Dialética do esclarecimento, p. 40.

[9] Horkheimer e Adorno; Dialética do esclarecimento. Apud Duarte, op. cit., p. 126.



[10] Adorno. Fernsehen als Ideologie. In: Eingriffe. Neun
Kritische Modelle. Apud Duarte, op. cit , p. 130.

[11] Mota, Silvana Ribeiro - Retratos de Mulher: construções sociais e representações visuais do feminino - Dissertação de Mestrado em Sociologia - área de especialização em Cultura e Estilos de Vida -

[12] Mota, Silvana Ribeiro, idem.